Generation Waking Up: Igniting a Movement

sexta-feira, 19 de março de 2010

quarta-feira, 17 de março de 2010

Comunidades e Evolução

Existem, felizmente pessoas que se unem em prol de algo maior... a Luta não é inglória...
aqui fica um excelente exemplo...
http://www.damanhur.org/

Equinócio da Primavera 2010























Finalmente o SOL..
A Lagoa abriu pela terceira vez este ano... e o Inverno rigoroso está a chegar ao fim.
Dia 20 de Março, equinócio da Primavera, o momento em que desde sempre nos juntamos e festejamos, honrando a Natureza, que Somos. Festejando a União entre o Masculino e Feminino semeando de novo no eterno ciclo da Vida. Novas colheitas se vislumbram, depois da tempestade vem a bonança e estamos, realmente a precisar de alento. Grande parte do que foi semeado no Inverno não vingou devido ao excesso de água, agora é momento de iniciar novos projectos e desejar bons frutos e colheitas abundantes.
Aqui em Melides, voltamos a encontrar os amigos, com o Sol podemos sair de casa, trabalhar no campo e encontrar nos cafés e à noite nas fogueiras os amigos de sempre.
Sábado, planeamos juntar ao movimento Limpar Portugal e estaremos na Praia de Melides pelas 9 horas da manhã, à noite haverá festa no Pinhal e nos montes atear-se-ão fogueiras comemorando a nova estação tão desejada.
A vida material não é fácil nesta região, existe poucas iniciativas e o trabalho é escasso, continuamos a assistir ao desemprego em massa e trabalho precário, no entanto, a esperança é a ultima a morrer.
Temos ideias e projectos, criar novas formas de coabitar com a Natureza e connosco, reabilitando o que é verdadeiro e realmente precioso. Crescer, evoluir e criar abundância e alegria num local por si só já abundante em energia e magnetismo. O Willo começou a fazer música, juntamente com a Tina e mais irão juntar-se. Estamos curiosos, o CoCriandando começa a ser planeado para o verão, precisamos de arranjar casas de banho e condições para receber os visitantes e amigos, vamos ver, esperar que a Primavera nos traga boas notícias e os projectos se concretizem. Será Bom para Todos.

Artesanato de Melides em Melides :-)

Sempre foi um sonho, ver artesanato de Melides em Melides...

A Mona, ceramista telentosa, realiza este sonho ao abrir um espaço, mesmo junto ao mercado, onde reune um conjunto de peças muito interessantes e de grande originalidade.

Há artesãos com tanto talento...finalmente, podemos apreciá-los... e comprar prendas completamente originais.

Desde a cerâmica, à arte do feltro, cestaria, pintura, joalharia, há muito por onde escolher e decorar as nossas casas e corpos de forma única e exclusiva...
Venham Conhecer!
Maravilha!

Clika na Imagem para aumentar

CARNAVAL NO MONTIIIII _ 2010


Carnaval 2010
Apesar da Chuva, festejámos o Carnaval com as nossas crianças...
Boa disposição e muitos jogos engraçados.. Lá fora o vento e a chuva anularam outros carnavais, mas aqui no Monte... Tudo estava como tinha de estar. :-) Festa e Alegria...

quarta-feira, 10 de março de 2010

Será a lagoa de Melides uma futura Área Protegida?

• 25-02-2010 • Retirado de Setúbal na REDE
Ambientepor Paula Chainho
(Liga para a Protecção da Natureza)
Será a lagoa de Melides uma futura Área Protegida?
A Câmara Municipal de Grândola reforçou recentemente a intenção de conseguir a designação da lagoa de Melides como Área Protegida de Âmbito Local. O reconhecimento do valor natural da lagoa através desta classificação tem um carácter inovador, uma vez que até ao momento apenas Vila Nova de Gaia recorreu a este regime de protecção para criar uma Reserva Natural no estuário do Douro, estando actualmente em discussão uma proposta da Câmara de Valongo para classificar as Serras de Santa Justa e Pias como Paisagem Protegida. Esta iniciativa da Câmara revela preocupação em relação a um ecossistema aquático de grande importância, pelo que fica a expectativa de que represente uma mudança da visão da zona costeira como uma fonte de riqueza a explorar, independentemente dos impactos ambientais causados.
A lagoa de Melides, tal como as restantes lagoas costeiras do território português, permanece isolada do mar quase todo o ano, excepto em períodos temporários em que ocorrem marés vivas e grande agitação marítima. Esta lagoa é também aberta artificialmente ao mar uma vez por ano, o que acontece normalmente no início da Primavera, através da abertura de um canal que rasga o cordão dunar que separa a lagoa do mar. Esta abertura é extremamente importante para melhorar a qualidade da água da lagoa, uma vez que durante o período de isolamento as concentrações de oxigénio podem reduzir-se significativamente e a poluição causada por algumas actividades humanas pode atingir níveis preocupantes. A ligação ao mar permite ainda a entrada de espécies piscícolas como as enguias, tainhas e robalos, mas quando efectuada depois do início do período de nidificação das aves aquáticas pode ter consequências bastante negativas na sobrevivência das crias.

Estes aspectos peculiares da lagoa fazem dela um ecossistema sensível, que requer uma gestão bastante cuidada para manter o equilíbrio entre a preservação dos valores naturais e o usufruto da população local e visitantes. Se, efectivamente, o objectivo desta classificação como área protegida é a promoção do turismo de natureza, é necessário alterar o modelo comummente adoptado de oferta turismo de massa e repensar algumas das formas de retirar benefícios económicos dos recursos naturais disponíveis, privilegiando alternativas que beneficiem as populações locais. Algumas das questões relevantes que deverão ser ponderadas incluem:

- Abertura da lagoa ao mar – apesar de necessária para impedir a sedimentação da lagoa, renovar a qualidade da água e permitir a recolonização por espécies marinhas, deverá ser efectuada antes da época de nidificação das aves aquáticas;

- Arrozais – a produção de arroz é uma das actividades agrícolas que mais afecta a qualidade da água da lagoa, uma vez que são utilizados pesticidas e fertilizantes, que acabam por se concentrar neste sistema aquático até à abertura anual. Uma das alternativas viáveis para manter esta actividade e reduzir significativamente o impacte ambiental é implementar a agricultura biológica, que representa um nicho de mercado ainda pouco explorado em Portugal. Apesar da produção ser inferior à dos métodos tradicionais, o valor económico no mercado é superior, pelo que “a qualidade compensa”. Outra das possibilidades a explorar é o recurso aos apoiosfinanceiros das medidas agro-ambientais, que podem tornar a gestão dos campos de arroz mais favorável à manutenção da biodiversidade. Deve ainda considerar-se a possibilidade de manter os arrozais alagados durante o período não produtivo, uma vez que a presença de água promove melhores condições de habitat para as espécies de aves aquáticas;

- Ribeiras – Apesar da lagoa ser a grande atracção paisagística de Melides, é preciso não esquecer que toda a sua beleza depende da água que é transportada pelas ribeiras. Melides tem o privilégio de acolher a nascente da Fonte dos Olhos que, para além de abastecer a aldeia com água de excelente qualidade, é também a principal fonte de água doce da lagoa de Melides. O valor desta nascente tem sido reconhecido através de diversas acções de requalificação, que têm favorecido o uso como zona de lazer, mas muito há a fazer para realçar o valor natural deste curso de água. A reabilitação da vegetação característica das margens das ribeiras alentejanas é uma medida com diversos resultados imediatos, tais como o efeito barreira em relação à entrada de poluentes agrícolas e provenientes das vias de comunicação, o aumento da diversidade da fauna aquática e também da fauna terrestre, que utiliza a vegetação ribeirinha como área de abrigo e deslocação.

- Turismo – A Câmara de Grândola tem vindo a ceder à tentação do modelo de turismo de massa implementado em grandes extensões da nossa área costeira, a que poderíamos chamar de “turismo em cima da natureza”, em contrapondo ao turismo de natureza. Este tipo de oferta turística, ao contrário do que é frequentemente apregoado, não é o mais benéfico para as populações locais, uma vez que proporciona apenas empregos pouco qualificados e afasta os visitantes das povoações, visto que oferece todas as necessidades no próprio empreendimento turístico. Porque não criar ofertas de alojamento e outros serviços complementares na aldeia de Melides? Essas sim, poderiam trazer benefícios directos à população local e minimizar a pressão humana sobre as áreas de maior valor natural.

Para além destes aspectos, Melides tem ainda a vantagem de estar rodeada por uma diversidade paisagística bastante rica que, para além da faixa costeira inclui a Serra de Grândola, cujo potencial para o turismo de natureza pode ser amplamente explorado. Fica assim a expectativa de que a possível designação da lagoa de Melides como Área Protegida de Âmbito Local represente o início de uma mudança da visão dos municípios litorais sobre a melhoria da qualidade de vida das populações, conjugada com a conservação do património natural.
Paula Chainho - 25-02-2010 13:44