Generation Waking Up: Igniting a Movement

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Fábula "O Carapau de Corrida"


Em tempos que já lá vão havia uma praia em que a fauna fazia o que queria e desfrutava a seu belo prazer. Até que um dia chegaram os ratos à praia. A primeira coisa que os ratos fizeram foi, arrasar com a fauna terrestre. A segunda coisa que os ratos fizeram foi, lançar as redes ao mar. Os peixes, alertados pelo que tinha acontecido no areal revoltaram-se e pediram uma audiência ao rato-mor. Esperto e sabido o rato concedeu-lhes a audiência, porém, teriam que ser recebidos um a um. Os peixes nem pestanejaram, excepto o carapau, que por natureza estava sempre mais alerta, estranhou logo a atitude do rato e disse: -Ou vamos todos ou nada feito. Os outros peixes pensaram: - Lá está este armado em carapau de corrida! Ignorando-o foram, um a um falar com o rato. Obviamente cada um puxou a brasa à sua sardinha, fazendo acordos com o rato: - Ó rato! - dizia a sardinha. - eu até podia ajudar-te a apanhares os polvos, que são grandes e têm muito que comer, e tu, deixavas as sardinhas em paz. - O polvo é meio rijo e de certeza que não tem interesse para os ratos, por isso nós estávamos a pensar ajudá-los a apanhar as sardinhas, desde que deixassem os polvos em paz. Escusado será dizer que o rato tinha conseguido o seu propósito, acordou com todos e todos acordaram ajudá-lo a apanharem-se uns aos outros. Excepto o carapau que quando não havia mais peixes se dirigiu ao rato e disse: - Se me comeres ficas sem alimento, uma vez que não há mais peixes. Vai para outra praia, eu indico-te o caminho. Ao longe, escondida numa duna da praia, a toupeira que tinha observado tudo, ria.
Umbelina

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Story Of Stuff

Video excelente, que nos diz a verdade nua e crua... o que estamos a fazer ao Planeta e á Humanidade, e como somos resultado de politicas absurdas, imorais e letais.
Vejam por favor... Está muito bem feito.

http://www.storyofstuff.com/index.html

Até Já :)

terça-feira, 15 de abril de 2008

O Sr. Marmelada…

O Sr. Marmelada…A noite estava calma. Sem vento, quase morna.O local tem algumas pessoas sentadas á mesa. Estas, com toalhas de papel branco, os pratos espaçadamente colocados, e por cima, em tom de remate, os guardanapos de cor azul e rosa choquing.
Paira no ar uma música, muito suave, estilo jazz.
Sentamo-nos.
Aproximou-se de nós e, enquanto pergunta o que vão comer, acende as velas do castiçal.
Sim, porque cada mesa tem o seu castiçal.
Discreto, com o seu glamour, traz-nos a carta de mesa.
A comida é essencialmente de gastronomia alentejana, como era de esperar.
À parte, em dois pedacitos de papel de bloco, apresenta-nos outros “pratos” à escolha.
Bem á maneira simples, alentejana, convida-nos a estar á vontade na sua casa de pasto.
Aproximando-se de novo, perguntou:
Então… Já escolheram? Olhem este prato é bom! Ou este… muito bom!
Depois de decidido o que queríamos comer, queríamos beber.
Beber aquele vinho alentejano… o tal!!!
E no primeiro grog o delicioso sumo de uva escorregou tão bem, que repeti o gesto, e em golos pequenos, ia bebericando. Hum… delicioso.
A minha alma se iluminou.As palavras fluíam.
A conversa desenrolava-se espontaneamente.
Os assuntos eram diversos.E fomos entrelaçando o ambiente, cruzando dúvidas, expectativas, desafios, na tentativa de vislumbrar algo de positivo, de saudável.
Algo que renascesse do velho saudosismo, típico da nostalgia portuguesa sebastianista.
A dado momento questionei com saudade… E a marmelada? Essa gostosa marmelada? Podemos provar? É excelente!
Foi o toque para falar de todos os cheiros, paladares que a Natureza nos abençoou, por mais rebelde que ela seja.
Recordar os locais que marcaram a alguns por breves passagens com cheiro a maresia, sopa da Fatinha à mistura com vinho quente e limão.
E a outros, dias, anos, semeando a vida, construindo pedra a pedra, a magia do lugar, de onde viam partir o barco de pesca do Ti Manel, onde se fazia a festa da abertura da lagoa, naquele dia em que ela abraçava loucamente o Mar.
São destes e outros momentos que fazem desta Melides, um lugar muito mágico !!!
Como ele mesmo dizia, o Sr. Marmelada… este chão que pisamos, começou a ser pisado por mim aos 12 anos… é muita fruta!
Num gesto doce, passou a mão pelo colete preto, deu dois passos em frente debruçando-se sobre a nossa mesa, continuou, quase em segredo, quase em saudade… isto que aconteceu na praia… a tudo ir abaixo, enquadra-se no meu espaço, hum! O momento é de sofrimento, é de dor.Há choques que já se deram… é semelhante ao que se está a passar agora!
O importante é preservar!
E numa palmada suave sobre a mesa, perguntou-nos… Uma ginjinha? Um moscatel?
Olhando para ele não restam dúvidas, de como é forte este homem.
Quase que o posso assemelhar a um rochedo, em que a água do mar bate, rola, quase que o cobre, mas ele fica de pé.
E está de pé a sua esperança na qual a mudança só acontece quando se cambia os conceitos.
Em tom de remate, á medida que ia puxando a alavanca do café, afirmou… Não há segredos para desvendar, há momentos para cumprir!
É sábio, é génio!
Alguém que em poucos minutos fala tão profundamente sobre mudança, deixando transparecer o seu sentimento de solidariedade misturado com dor, com saudade do que já era.
E o tempo, este não permite voltar atrás.
Mas em simultâneo, o Sr. Marmelada tem a coragem de se chegar á frente, juntando os pés, encarando um futuro com firmeza, desafio, como se de uma pega de caras se tratasse á boa maneira ribatejana.
Salve pessoas como ele.
Teremos de aprender com ele.
Um bem haja pela sua força, envolvida em glamour, e com um gosto invejoso de marmelada.
Parabéns para si.


Paula Afonso(07.04.08 pelas 23.15)

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Que saudades do tempo...



Que saudades do tempo em que se ofereciam flores das dunas, que com o tempo se transformavam em papoilas vermelhas, mais vermelhas que as que existem nos campos. Eram tempos suaves esses, tão suaves que quase não se dava por eles. Agora o tempo é bruto. É tempo de fazer, querer, lutar, procurar, com a certeza e confiança de quem ganhou estrutura, talvez por ter deixado lá a flor, na duna, e a ter deixado crescer e enraizar bem. Entretanto, a flor já deu outras flores, porque é assim, sempre, pelo tempo dentro.Ora bate o Sol, ora cai a chuva, volta o Sol e depois a chuva, porque é assim, sempre, pelo tempo dentro.


Umbelina Gabardina 14-04-08

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O café do António !





































O café do António permanece no local... em estado caótico... Obrigado pela FOTOS João :-)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Abriram as Lagoas...

A abertura das lagoas, Stº André e Melides, a reciclagem das águas... o novo pelo velho, um novo ciclo que se inicia.


O peixe dá à costa numa fartura fictícia, é possível apanhá-lo à mão. Curiosos e pescadores de vários locais do País concentram-se na tarefa. Uma vez por ano tudo se transforma.



Até as ondas perfeitas para o surf surgem na boca da lagoa. Surfistas experientes aproveitam a dádiva anual.



O fim de semana não esteve tão solarengo como prometeu, mas a praia estava animada…e bonita. A pressa em destruir os cafés, deixou destroços a “enfeitar” a paisagem… um luto que se prolonga, ainda há romaria para os ver… ainda se ouve dizer ...“ estou aqui no António”.



A rotina já não é a mesma… Tudo Muda, Tudo se transforma… há quem ainda não tenha a coragem de ir á praia ver o que resta, O Sr. António é um deles (disse a Fatinha) e tantos outros que ainda sofrem a nostalgia da perda. Encontrei a tristeza na alma dos que coloriram, tantos e tantos ano aquela praia, dos que se recordam da vida que lá viveram e como e aos poucos a liberdade parece escoar-se por entre os dedos.



Outros queixam-se : “já viu, já viu? Esta desgraça…” baixam a cabeça...



Tento animar. Digo-lhes para acreditarem na mudança, mas que intervenham na mudança, façam parte dela, caso contrário corremos o risco de haver uma descaracterização total. Perdemos a identidade, perdemos a Alma.



A liberdade está na nossa cabeça, lá dentro, no profundo do nosso ser. Temos de ter esperança, DAR ao Novo a nossa MARCA. Temos de fazer parte da Mudança, só assim podemos preservar a nossa Liberdade, lutando, lutando com as novas ferramentas da modernidade. Bons projectos, Boas ideias, e principalmente muita paixão.



Esqueçam o discurso derrotista, de quem diz, que não é possível… desiludidos com anos e anos de repressão politica e de corrupção partidária.



Eu acredito na mudança, acredito no valor de quem ama e na força da liberdade e sei que não nos podemos demitir de responsabilidade e estar lá para defender e principalmente projectar um futuro harmonioso e saudável. E acima de tudo evitar a destruição do maior tesouro do Concelho, a NATUREZA. Unidos.






























Depois de 40 anos de trabalho, sem folgas, sem férias, a família “António” aprende a viver de novo.

Feirinha em St André




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Feira em Stº André, Mais eventos como este são necessários, muita juventude sem alternativa e soluções, degeneram… Mais e melhor !! Esperamos, aplaudimos e ajudaremos :-)