Generation Waking Up: Igniting a Movement

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Fábula "O Carapau de Corrida"


Em tempos que já lá vão havia uma praia em que a fauna fazia o que queria e desfrutava a seu belo prazer. Até que um dia chegaram os ratos à praia. A primeira coisa que os ratos fizeram foi, arrasar com a fauna terrestre. A segunda coisa que os ratos fizeram foi, lançar as redes ao mar. Os peixes, alertados pelo que tinha acontecido no areal revoltaram-se e pediram uma audiência ao rato-mor. Esperto e sabido o rato concedeu-lhes a audiência, porém, teriam que ser recebidos um a um. Os peixes nem pestanejaram, excepto o carapau, que por natureza estava sempre mais alerta, estranhou logo a atitude do rato e disse: -Ou vamos todos ou nada feito. Os outros peixes pensaram: - Lá está este armado em carapau de corrida! Ignorando-o foram, um a um falar com o rato. Obviamente cada um puxou a brasa à sua sardinha, fazendo acordos com o rato: - Ó rato! - dizia a sardinha. - eu até podia ajudar-te a apanhares os polvos, que são grandes e têm muito que comer, e tu, deixavas as sardinhas em paz. - O polvo é meio rijo e de certeza que não tem interesse para os ratos, por isso nós estávamos a pensar ajudá-los a apanhar as sardinhas, desde que deixassem os polvos em paz. Escusado será dizer que o rato tinha conseguido o seu propósito, acordou com todos e todos acordaram ajudá-lo a apanharem-se uns aos outros. Excepto o carapau que quando não havia mais peixes se dirigiu ao rato e disse: - Se me comeres ficas sem alimento, uma vez que não há mais peixes. Vai para outra praia, eu indico-te o caminho. Ao longe, escondida numa duna da praia, a toupeira que tinha observado tudo, ria.
Umbelina

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